Costumo dizer que as necessidades básicas da vida de qualquer um são comer, beber, fazer sexo, vestir e morar. A maioria das pessoas concordaria com esses itens da lista, não obstante não necessariamente nessa ordem. Essa lista seria o estrato primário e essencial das necessidades humanas. Há até uma tal Pirâmide de Maslow que tenta explicar isso, mas o máximo que faz é apenas evidenciar o óbvio! Na Pirâmide de Maslow, os itens que citei se encontrariam no primeiro e segundo degraus.
Mas, como tudo deve ser cíclico na Vida, os outros degraus contém necessidades e anseios que apenas reproduzem em grau diferente as necessidades básicas: alimentação e segurança. Pela realização profissional, uma das necessidades seguintes dos comuns mortais, deve decorrer uma alimentação mais sofisticada. Da aquisição de cultura e extinção de preconceitos, deve advir uma melhor convivência doméstica em uma prole em crescimento. E tudo é um ciclo, que re-começa lá, onde um homem e uma mulher sonharam em realizarem-se como pessoas individuais e sociais.
Depois que esse ciclo, o primeiro, se fecha, o que deve querer o homem? Será que ele deseja, invariavelmente, a realização automática dessas metas? Será que a felicidade depende exclusivamente disso? Onde reside o mapa da mina, a placa com a seta, indicando o Destino de cada um??
Sim, essa é uma crise existencial, que já dura há muito tempo, de quem tem quase tudo e ainda sente lá fora um cheiro de estrada, de algo a perseguir longe de onde se encontra atualmente. Certa vez, meu Condutor me deixara aguardando uma certa resposta, um certo sinal, um Caminho que nunca foi anunciado. De vez por outra, confundo alguns sinais da Vida com essa esperança que nunca se confirma. Esperança essa de aventura, de descoberta da fonte da juventude, da glória de um destino realizado, de uma montaria suportada nas unhas, mas vencida.
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