Três questões e uma armadilha fatal


Neste domingo, véspera da Festa de São Miguel, proponho algumas questões que considero importantes aos leitores deste espaço. Questões quase nunca respondidas por pessoas do lado de lá do muro da insanidade. Recomendo, então, os tópicos abaixo para reflexão sobre o Aborto e sobre o alcance da Liberdade.

Sobre o aborto

  1.  Por que esquerdistas dizem combater a mídia e os banqueiros se concordam com eles num de seus principais projetos “sociais”, a saber, a massificação do aborto, da pedofilia e da homossexualização da sociedade?
  2.  Haveria, porventura, abortistas se os mesmos tivessem sido abortados? Como dizer que lutam contra algo que nem a eles foi negado, a saber, o direito de nascer?
  3.  Se dizem que um embrião é incompleto (não contem um ser humano) em relação a um feto maduro, então também matariam um recém-nascido por não ser um adulto completo ou não deixariam uma semente germinar por não ser uma árvore adulta?

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Sobre a sociedade sem Governo

Dizem os anarco-libertários e comunistas que a sociedade perfeita, sem exploração, será a sociedade sem leis nem regência. Seria ótimo que a sociedade humana fosse inteiramente positiva, ou seja, sem necessidade de restrições coercitivas. Mas que misteriosos motivos guiarão uma sociedade assim, se as pessoas são diferentes e eles pregam o respeito às diferenças?

O respeito absoluto à diversidade, por si só, gera a anulação da mesma diversidade. Nenhuma diversidade é possível se todas as opiniões contrárias forem caladas. Ao passo que nenhuma lei ou regra seja soberana, o respeito à diversidade é impossível.

Mais uma vez, assistimos à dialética calando o diálogo. Uma sociedade sem leis seria possível apenas se todos os seres humanos fossem iguais em sua personalidade, pensamentos, atos e direções a tomar. Assim, naturalmente, como uma tropa de macacos, a liderança seria implícita e os comportamentos automáticos. Estaríamos a caminho da robotização final da humanidade, tornando-se ela um rebanho chipado e controlado à distância?

Mas, qual seria essa direção? Seríamos levados a essa desconhecida direção da Unificação de forma pacífica? Lembrem-se: quando tudo for válido, logo tudo o deixará de ser. Quando tivermos tudo às mãos, veremos que não temos mais do que areia entre os dedos e algemas no pulsos.

A Liberdade é guardiã do Dever, pois, somente assim, pode reivindicar seu Direito. A Liberdade absoluta o é se houver apenas um ente em questão. Ela é impossível se lidarmos com mais de um ente, pois a liberdade total de um sempre representará a restrição sempre mais dura da liberdade relativa do(s) outro(s). Um mundo inteiramente livre e igual é a mais perfeita das prisões. Eis que nós estamos diante de uma armadilha fatal.

Por Júlio [Ebrael]

Blogger, amateur writter, father of one. Originally Catholic, always Gnostic. Upwards to the Light, yet unclean. // Port.: Blogueiro, poeta amador, pai. Católico, casado. A caminho da Luz, mas sujo de lama.

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