Não tenho muito a acrescentar sobre o Natal, como católico que sou, senão que é a renovação da memória da Encarnação do Verbo de Deus entre os homens. O Filho de Deus, consubstancial ao Pai, torna-se homem, encarna-se, experimenta a realidade de sua criatura, para salvar-nos e mostrar-nos o Caminho do Céu, interrompido pelo lamaçal de uma torrente de pecados, conscientes ou inconscientes, do conjunto dos seres humanos.
Porém, antes de tudo, devo lembrar que, a exemplo da Páscoa, que é o ápice da Redenção (Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor), o Natal também é o cumprimento de uma Promessa. Portanto, mesmo no Natal, no símbolo visível e manifesto do Menino-Deus, somos confrontados com o cumprimento de uma Promessa, uma sublime Promessa. A Palavra em Si mesma, o Verbo, é uma Promessa. O Verbo de Deus assume-se em Si mesmo e cumpre o que enviou adiante de Si antes da Fundação do Mundo, sendo esse o significado de Promissio.
Toda vez que abrimos nossas bocas, solenemente, lançamos ao Destino uma Promessa, semeamos, enviamos nossa Palavra. Damos, por assim dizer, à Luz um pequenino Natal. Cabe a nós, seres imperfeitos, viver nossa vocação de cristãos. Diante do Altar, ao renovarmos nosso Batismo no Crisma, também lançamos nossas Promessas, vivemos o Natal do Espírito Santo em nós.
Que a Palavra de nossas bocas, inspirada no “sim” de nossa Santíssima Mãe, possa fazer brilhar a Luz do Mundo nos rostos de nossos semelhantes e, com ela mesma, nos fazer arder na defesa da Verdade e da Vida em todas as suas fronteiras, para a maior Glória de Deus.
Feliz e Santo Natal a todos os homens e mulheres de boa vontade, amados por Deus, Nosso Pai!
In Corde Jesu, semper!
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