Se você nasceu na década de 80 ou antes, deve ter assistido muitos dos desenhos que eu assisti. Naquela época, boa parte das famílias já contava com, ao menos, um aparelho de TV em casa. Diariamente, durante a infância e parte da adolescência, assisti diariamente seriados como os do Jaspion e do McGyver. Entre os desenhos, meus prediletos eram He-Man, os Caça-Fantasmas, Scooby-Doo e Caverna do Dragão.
A ênfase dessa postagem, para muito além do superficial aspecto lúdico e educativo de todos aqueles desenhos, se pautará em suas mensagens subliminares, principalmente nas da Caverna do Dragão. Claro que descobrir como o Gorpo (o atrapalhado aprendiz de mágico de He-Man) poderia ter aparecido durante o episódio e eu não ter percebido era instigante para uma criança. Ou, então, era interessante notar como Salsicha se parecia com muitos dos maconheiros que eu via passar por mim nas ruas ou me perguntar por que era só com ele que Scooby-Doo e Scooby-Loo conversavam. Mas nada mais constrangedor e enigmático que o enredo da Caverna do Dragão.
Mas, por quais motivos? Vejamos.
- Os jovens protagonistas (Hank, Eric, Presto, Sheila, Diana e Bobby) foram sequestrados e pararam em um mundo paralelo no qual não poderiam se comunicar com seu passado nem com os seus pais e parentes, a não ser entre eles mesmos e suas lembranças em comum.
- O Mestre dos Magos ensinava um caminho virtuoso e ajudava os jovens a enfrentar o Vingador, feiticeiro feio, malévolo, que buscava impedí-los de voltar ao seu mundo original, sequestrar as armas de Poder dadas a eles pelo Mestre dos Magos. Este último aparecia sempre durante as piores enrascadas dos jovens e desaparecia sem deixar rastros.
- Curioso: o Mestre dos Magos e o Vingador nunca se enfrentaram, embora todos tivessem certeza de que eram inimigos mortais. Nem sequer se encontraram. Os jovens sempre representaram os intermediários entre os dois virtuais inimigos. Eram, de um lado, acossados por um poder e guiados por outro. Ao menos, é o que parecia acontecer.
- O Mestre dos Magos, segundo alguns, seria pai do Vingador. Este último, disse aquele, já foi uma boa criatura há muito, muito tempo antes na história mítica do desenho.
O que podemos concluir como mensagem do desenho, pelo que vimos acima?
- O Bem colabora com o Mal, o Mal pode ser justo com o Bem;
- O Mal não pode ser destruído sem que o Mundo mágico (o Universo invisível em contraste com o Mundo real) seja destruído;
- Não busca-se a destruição do Vingador, mas apenas um equilíbrio que o contenha e evite que ele invada o Mundo real (a origem dos jovens do desenho);
- O Mundo real é ambicionado, mas todo o bem que é ensinado pelo Mestre dos Magos parece apenas alimentar o antagonismo com as Trevas, na verdade, levando-nos a elas;
- o Mal é um força cega e deformada, mas que ajuda a controlar a ambição dos bons pelas armas ilusórias do Poder;
- O Mestre dos Magos parece tolerar, incomodamente, o Vingador;
- O Mundo ideal, como modelo do real, parece ser dialético não apenas como campo de forças contrárias, mas também paralelas e interdependentes;
- O Vingador não é Tiamat (a deusa dos dragões), como Lúcifer não seria Satã nem Jeová seria o Criador.
Num contexto geopolítico, a mensagem hoje poderia ser entendida como se as polarizações Capitalismo vs. Socialismo, Direita vs. Esquerda, EUA vs. URSS, Deus (local) vs. Diabo, não passassem de jogos de forças a serem equilibrados pelos seres humanos, absortos e anestesiados, como que deslocados de sua natureza e estado originais. Parece que não vivemos essa guerra ideológica, religiosa e social por mero desenvolvimento de conflitos históricos, por mero acaso, mas que caímos nesse “jogo”, nesse “enredo” por obra extrínseca a nós. Intencionalmente, sabe-se lá por que, nos manipulam como pêndulos para a dominação deste mundo.
Abaixo, o último episódio da série (versão oficial e não oficial), um dos finais mais esperados da História da TV:
Júlio, interpretação brilhante! Para ver que nada é por acaso, há, sim, uma intenção MAIOR de permissão de tudo isso para desenvolvimento e evolução humana, qual seja, entender, compreender e aceitar que o mundo em que vivemos é fruto do transbordamento dos limites da eternidade (O NATURAL VERDADEIRO) feito por nós “humanos”, que hoje sofremos as consequências da falta de limites das vontades lá na FONTE PRIMORDIAL de toda a existência. Mais uma vez PARABÉNS, você vai indo de vento em popa, colaborando com o MUNDO SUPERIOR para o despertar do sono de pedra em que todos nós caímos, devido às infinidades de transformações pelas quais passamos, sempre descendo, de uma forma de vida para outra e sempre ficando esquecidos das formas de vidas anteriores, devido – bom rebater nisso – ÀS TRANSFORMAÇÕES de uma forma de vida para outra. A borboleta, por exemplo, não se lembra de que foi uma lagarta. E nós não nos lembrávamos que lá no início de tudo éramos seres de energia super cósmica, pura, limpa e perfeita – transcendental e eterna. Mas, agora sabendo quem fomos, temos condições de voltar a ser o que éramos. ATÉ QUE ENFIM! Encontrada a peça que faltava do GRANDE QUEBRA CABEÇAS! ESTAMOS TODOS DE PARABÉNS! Já teve início a IMUNIZAÇÃO RACIONAL de todos, uns mais cedo, outros mais tarde e outros mais tarde ainda, mas, todos retornarão, pois, PREVALECE O MUNDO REAL e, não, este presépio de mundo encantado em que vivemos, este mundo encantado, ou seja, enfeitiçado. E qual foi o feitiço? A DESOBEDIÊNCIA, que chamamos de PECADO ORIGINAL. O FEITIÇO se virou contra os feiticeiros – nós mesmos! Não estou dizendo há muito pra você que as Escriturações todas têm os pontos de verdade? Pena que cortaram partes importantes, hoje desconhecidas de todos, e que, por isso, ficamos todos perdidos, sem saber montar o GRANDE QUEBRA CABEÇAS! Forte abraço com elevada admiração e carinho!
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Nágea, basta pararmos e prestarmos atenção. Refletir, reparar, questionar. Sempre encontraremos esse “algo” mais que tentam nos passar, algumas vezes, como nesse caso, para doutrinar a juventude sem que percebessem.
Um abraço!
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