Sei que é cansativo, ainda mais para mim. Mas, hoje vou explicar, de uma vez por todas e a quem interessar, o engodo contido na maioria das acusações imputadas a algumas pessoas por “antissemitismo”.
Vamos lá! Deus me conceda paciência!
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- Antissemitismo é um termo cunhado no fim do século XIX como alternativa à expressão Judenhass (do alemão, “aversão a judeus”) [1] [2]. Obviamente, sabemos que judeus não constituem o único grupo alegadamente semita. Portanto, a menos que se conheça o histórico do uso do termo, chamar alguém de antissemita é atribuir a esta pessoa ódio mórbido não apenas a judeus, mas também a todos os árabes, palestinos, sírios, etc.
- Dizer que antissemitismo, para além de discriminar, segregar, perseguir e assassinar alegados judeus, também possa criminalizar quem critica o Estado Sionista por seus notórios crimes, é um atentado contra a liberdade de expressão e Consciência.
- Se alguém denuncia um crime de alguém que se declata judeu e a esta denúncia aplica-se a contra-acusação de “perseguição” ou “crime de ódio”, evidencia-se aí uma inversão de valores, em que o alegado judeu deixa de ser igual aos outros perante a Lei, gerando-lhe privilégios não justificáveis, ainda mais injustos quando usa-se a memória dos judeus perseguidos durante a 2ª Guerra Mundial [3].
- Os ciganos também perfazem uma certa consistência racial e cultural. No entanto, jamais algum grupo dentre eles expulsou, sob quaisquer motivações (religiosa, cultural ou pretensamente racial), outros povos de suas terras, nem reivindicou indenizações bilionárias dos vencidos em batalhas.
- Podemos notar a mesma tática vitimista e agressiva, que demonstram alguns setores da comunidade judaica, sendo usada pelos militantes gayzistas radicais dos movimentos LGBT, por alguns movimentos africanistas, pelas feministas, abortistas, pela Esquerda comunista e por neoateístas. Apontar erros contra esses e aqueles equivale, hoje em dia, a mexer com castas superiores àquela da “execrável” sociedade branca, escravagista e cristã ocidental.
- Homofobia, racismo, antissemitismo: frequentemente, essas são acusações que utilizam de casos emblemáticos do passado para intimidar e chantagear, ideologicamente, as gerações futuras de certos setores destinados a serem calados. Enquanto isso: a) cotas para todo tipo de minorias (transexuais, homossexuais, “trabalhadores sem terra”, etc.) são criadas no serviço público; b) médicos são forçados a renegarem o juramento de Hipócrates e praticarem assassinato de bebês sob ameaças; c) o direito à livre (e saudável) investigação histórico-científica sobre as circunstâncias do tal “Holocausto” (entre outros tópicos) é, pouco a pouco, banido.
- É chocante assistir, na mídia, supostos “bons moços” e “cristãos” da Direita criminalizarem as denúncias contra certos crimes de Israel como sendo “atitudes de ódio” e, ao mesmo tempo, criticarem os comunistas, gayzistas e abortistas por vitimismo e “desonestidade intelectual”. Incoerência flagrante! Ou seria lavagem cerebral o que sofreram, na verdade, em certos círculos de doutrinação? Acaso, ignoram eles que o Comunismo se originou como vertente materialista do antigo messianismo talmúdico? [4]
- Hoje, o Estado de Israel é o governo mais terrorista [5] [6], antissemita e racista da Terra , matando crianças, idosos e mulheres grávidas na Palestina. Não ignora-se o “barril de pólvora” radical que está nas entranhas de populações muçulmanas, mas o que poderia justificar que judeus façam com outros aquilo de que sofreram no passado?
- Acaso, quando uma deputada judia propõe “exterminar as mães palestinas, pois o povo palestino todo é o inimigo” de Israel, isso não configura uma forma de Nazismo e autêntico antissemitismo? [7] Israel era para ser um Estado laico (que respeitasse todos os credos e povos), mas tornou-se um feudo religioso e racista, no qual negros são expulsos do país e sofrem agressões pelas ruas, sem nenhuma garantia de vida.
- O Estado de Israel não representa todos os judeus do Mundo, mas apenas uma facção política, extensão do domínio sionista europeu no Oriente Médio, a maioria da qual não é formada por judeus, senão na profissão de fé.
- O Anticristianismo, através do qual terroristas financiados por “amigos” de Israel (como Arábia Saudita e Catar) fazem milhares de execuções bárbaras anualmente, não é criminalizado nem atacado pela mídia como o é o superfaturado antissemitismo. [8]
- Quem acusaria os judeus ortodoxos dos Neturei Karta [9], antissionistas que pregam a extinção (política) do Estado de Israel, de antissemitismo? Chamar judeus ortodoxos de antissemitas equivaleria a aplicar a pecha de homofóbicos a gays convictos.
- Por fim, nada melhor do que ouvir, de judeus, o que eles pensam sobre o tal “antissemitismo”. Assista ao vídeo abaixo, de Nathanael Kapner, um judeu norte-americano convertido ao Cristianismo e ativista antissionista.
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NOTAS:
[1] CHANES, Jerome A. Antisemitism: A Reference Handbook. ABC-CLIO, 2004.
[2] LEWIS, Bernard. Semites and Antisemites. In: “Islam in History: Ideas, Men and Events in the Middle East”. The Library Press, 1973.
[3] INACREDITÁVEL. Günther Grass: dizer a verdade é antissemitismo. Entrada (online). Inacreditável.com. Publicada em 13 de abril de 2015. Disponível em: < http://goo.gl/JikUth >. Acesso em: 30 de agosto de 2015.
[4] PIKE, Ted. Ativistas judeus criaram o Comunismo. Radio Islam. Artigo (online, PDF). Disponível em: < https://goo.gl/gKf7FS >. Acesso em: 30 de agosto de 2015.
[5] ORIENTE MÍDIA. Documentos revelam o apoio israelense ao Estado Islâmico na Síria. Notícia (online). Publicada em: 15 de julho de 2015. Disponível em: < http://goo.gl/ZnqnN8 >. Acesso em: 30 de agosto de 2015.
[6] CAMINHO ALTERNATIVO. Terrorismo judaico-sionista contra palestinos em Ramallah. Entrada (online). Publicada em: 29 de agosto de 2015. Disponível em: < https://goo.gl/8wXCeh >. Acesso em: 30 de agosto de 2015.
[7] ibid. Deputada israelense: “Todo o povo palestino é o inimigo”. Entrada (online). Publicada em: 7 de julho de 2014. Disponível em: < http://wp.me/p29z3m-Be >. Acesso em 30 de agosto de 2015.
[8] PARAÍBA AGORA. Polêmica: jurista vê Cristofobia na mídia. Notícia (online). PB Agora. Publicada em 26 de fevereiro de 2012. Disponível em: < http://goo.gl/XhEorr >. Acesso em: 30 de agosto de 2015.
[9] Site oficial dos Neturei Karta (em inglês): < http://www.nkusa.org/index.cfm >. Acesso em 30 de agosto de 2015. // Vide também: SIONISMO. Manifesto dos Neturei Karta (sobre o Judaísmo em oposição ao Sionismo). Entrada (online). Disponível em: < http://goo.gl/7TcQmS >. Acesso em: 30 de agosto de 2015.
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