Dividir para conquistar

Eis a tática mais perfeita para vencer um adversário mais poderoso: Dividir para conquistar! Sim, dividí-lo para que você precise lutar apenas contra um, enquanto faz a trégua com outro: essa é a estratégia mais eficiente de disseminação da discórdia dentro de um grupo em harmonia.

Entre as partes divididas do mesmo adversário, cresce a disputa pelo poder, enquanto o Manipulador, desde os bastidores, se delicia diante da visão das partes de seu adversário se dilacerando.

Divide et Impera

A frase latina divide et impera (“Divida e reine”) fora proferida, originalmente, pelo filósofo Epicuro, precursor do Estoicismo. Porém, tal estratégia inspirou muitos dos maiores gênios militares da História, de Caio Júlio César a Napoleão, não apenas para controlar um inimigo poderoso, mas para garantir que, após a tomada do poder pelo assalto, o mesmo adversário, em suas partes, não pudesse se recompor. Estando divididos entre disputas e dissensões sem fim, os adversários não teriam como fazer frente ao governante e seu poder rigidamente organizado.

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Assim ocorre nas disputas comerciais, militares, sociais e espirituais. Enquanto os seres humanos estão divididos entre si diante de uma Elite quase intocável, as mesmas partes integrantes do Ser humano são mantidas dissociadas entre Consciência, Subconsciência e o calabouço Inconsciente, bem como entre Luz, Sombra e Treva. A partir do momento em que essas partes são integradas ao controle Consciente e seus segredos são revelados, proporcionando autoconhecimento ao indivíduo, os espíritos trevosos e nossos inimigos encarnados são despojados de uma de suas principais armas: o poder de causar divisões.

apontamentos Estratégicos

As escaramuças de nossos inimigos são, assim, listadas:

Tentações e excessos (bem como privações) de todo gênero, que obliteram a capacidade racional de julgamento;
Assaltos psíquicos e violência física, que infligem o medo, que é uma ilusão traumática que, supostamente, ameaça nossa segurança em geral;
Irritação profunda e estresse mental, que promovem a ruptura da paz e da harmonia;
Estímulo à cristalização de hábitos e dependências psicológicas, através do comodismo e da indiferença.

Conheça o seu inimigo como a si mesmo e não temerás o resultado de cem batalhas.
– Sun Tzu.

No entanto, cabe ainda dizer que a nossa união pode significar entrar no “jogo” do inimigo, pois, inevitavelmente, entre partes em conflito, haverá perdedores e vencedores. Ao menos, é a isso que nos acostumamos. Crescemos com a noção de tomar e receber, não de somar e de extrair o melhor de cada situação. Devemos saber porque devemos nos unir e por quais motivos ocupamos um ou outro lugar no espaço. Não devemos, porém, tratar como inimigos aqueles que, justamente, são tão vítimas da manipulação do “mestre” quanto nós. Só o Amor liberta e só a Amizade aprimora nossas habilidades.

Temos, sim, um adversário poderoso em comum. Chame-o você de diabo, gênio ou o Mal personificado. Diga você que o Mal está no ser humano, mas lhe afirmo que, tal qual campo de batalha, somos não mais que o fiel da balança dessa economia maligna que de nós faz escravos, vida após vida, ou vida após a Vida.

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Todos são filhos de Deus? Sim, são, mas uns são mais tiranos que outros. Todos são iguais quanto à origem Primeira? Sim, também, mas “alguns são mais iguais que os outros”. Venha o Lobo como vier, mas, enfim, esse campo de Girassóis, em comunhão, há de ver o Sol renascer, todos os dias, a despeito dos diagnósticos vários dos que nos buscam apartar como em estábulos!

NOTA

1 Dividir para conquistar. Wikipedia. Disponível em: < http://goo.gl/kDld0Y >. Acesso em: 30 de agosto de 2016.