Esplendor

Para a Anima Matris Terræ Meæ (Alma da minha Terra-Mãe).

***

Há algo em mim que se derrete,
– Sim, eu sei –
Ao ser alvejado pela luz cadente de tuas sestas.

Deixo-me cair, de joelhos, sobre esta pedra úmida,
– Eu sempre soube –
Tão minha, berço primevo de minha Mãe.

Corredeiras percorrem meu rosto, tão teu,
– Senhora minha, o sabes bem –
Campeando terra seca, regando o pasto saudoso.

Paralisa-me esse ar gelado, tão brilhante,
– Me fazes saber –
Que esse lar me chama e clama por Justiça.

O Tempo é chegado e já se foi, mas não sem antes
– E saber não muda coisa alguma –
Beijar eu o Ar pelo que me nutres, e a terra inteira.

De nada necessito mais que dentro de ti me mover;
– E isso é tudo a saber –
De nada me serve dormir, a não ser em ti, último bem.

***

Palhoça, 06 de junho de 2018.

ebrael-assinatura-de-posts

Escreva abaixo seu comentário:

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Descubra mais sobre Ebrael

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo