A Casa e o Caminho

Nos últimos trinta dias, uma das coisas que eu mais ouvi é que não tem jeito, não. Realmente, após caminhar, chorar, sorrir, gostar e desgostar, iludir-se e desiludir-se tanto, e cada vez mais rapidamente, percebemos que nossa Casa é onde o Coração vibra e repousa, e que o Caminho de nossas Vidas é composto de destinos jamais definidos com precisão.

Cada um de nós tem uma lente invisível nos olhos e um filtro sutil no Coração. Decidimos amar, amamos as nossas escolhas e percorremos longos caminhos até elas. Não importa aonde nos levam nossas escolhas: é lá onde o Coração está que nosso Tesouro se encontra, escondido.

Temos esperança de que cada pessoa que encontramos tenha desejado também nos descobrir entre as ruínas da Vida, após um vendaval destruidor ou numa tarde de domingo. Agora, não tenho mais dúvidas: nossa Vida acontece, mesmo, entre um esbarrão e outro. Cegos de ódio ou de Amor, nos lançamos a uma aventura em que bandidos e mocinhos são apenas mendigos num único barco, que é este Mundo, tal qual uma máquina, uma matrix.

SEJA GRATO!

  

Esbarrei nessa moça da foto acima, Sheila, ela em mim. Uma frase, e a perplexidade tomou conta dos olhares em volta. A Matrix era insubstituível por ela estar ali, no lugar virtual certo, na hora mais exata. Ela demonstrou o que eu já não via em pessoa alguma, e me agarrou de tal modo que ninguém mais havia me agarrado.

Nela, vi um ingrediente indispensável para cativar, de uma vez para sempre, este Coração: a Vontade. Louca, sim, a Vontade, mas necessária para mover céus e terras em um hospício de interesses incoerentes e de pacientes mimados.

• I
  • Eu voo o bastante
  • Para amar a Mulher
  • Que segura meu Coração.
• II
  • O peso torna-se propulsor;
  • A inércia, um estímulo;
  • A dúvida, um desafio.
• III
  • O alvo, um Amor forte;
  • O Destino, um cheque em branco;
  • A Casa, toda pedra do Caminho.