Idiomas fictícios

Fora os idiomas de massa, que são usados puramente para as relações interpessoais em nosso Mundo exterior, há ainda aqueles que, como que padrões de expressão da Alma humana, falam diretamente com todos os seres que habitam nossos estratos consciente, subconsciente e inconsciente.

Te convido a saber que idiomas são esses, logo abaixo. 😉

Crie seu próprio idioma

Como que por repetição, podemos exercer o ato de cogitar (ou pensar) através dos idiomas de massa, étnicos, grupais, que são como que o dinheiro da comunicação, nosso meio de troca de ideias. Mas, você já parou para pensar que podemos criar nossos próprios idiomas e alimentar nosso simbolismo interior com verbetes inteiramente construídos por nós?

Nesse ambiente de isolamento social e de introspecção forçada (muito úteis, se vistos por certo ponto de vista), somos levados a criar atividades que ancorem nossa auto-estima em um mundo que já vinha polarizado entre seres ótimos e inúteis, por vontade ou pelo arrasto das circunstâncias.

Esses idiomas criados por nós são plenamente válidos, não são meros passatempos de pessoas que não têm o que fazer. Certamente, não rendem o pão de cada dia, mas alimentam a Alma e podem tornar a vida de seres esquisitos, como eu, menos insossa.

Sobre os idiomas artificiais

Tais são as conlangs, contração da expressão inglesa constructed languages, ou “línguas construídas” artificialmente. Antes que você apelide quem delas se ocupe de esquisito, saiba que os idiomas que figuram em Senhor dos Anéis (idioma élfico, ou Sindarin), Avatar (idioma Na’ vi) e Star Trek (idioma Klingon) foram criados assim. Mais que uma brincadeira, há comunidades inteiras mundo afora que as estudam, as utilizam em conjunto e publicam materiais nestas línguas.

Um dos anéis, da saga Senhor dos Anéis, com inscrição no idioma sindarin (ou élfico), construído, a partir do zero, por J. R. Tolkien.

Os benefícios são inúmeros. O primeiro, e mais óbvio, é o fortalecimento dos conhecimentos em Gramática e Fonética, respectivamente, estudos das regras de uso de uma língua e de sua pronúncia. Sim, pois, ainda que não se queira, toda conlang incorpora elementos de outras línguas ou, ao menos, de elementos semânticos delas. Muito mais: você poderia, inclusive, criar (ou, mesmo, desenhar) seu próprio alfabeto ou sistema de escrita.

Ademais, a criatividade e a agilidade mental do indivíduo são aprimorados. A capacidade reflexiva se expande no ato mesmo de nomear seres, aquilo mesmo que o Eterno teria ordenado Adão a fazer. Dar nomes aos seres e coisas, segundo a mística semítica, significa conhecer suas essências, as ideias por trás das quais tudo fora imaginado e criado.

Ainda que em forma de ficção, a pessoa tem a oportunidade de reviver a epopeia da Criação através da forja de seu próprio mundo e a descrição do terreno fértil de sua própria Lenda Pessoal, a partir do qual a crença nas possibilidades se tornará certeza de probabilidades.

Meu próprio idioma

Eu mesmo criei um pequeno site experimental (em repouso, no momento) no qual comecei a postar minhas primeiras composições no idioma fictício chamado Grömki. O nome do site é Grömki Ránur.

Aqueles que quiserem conhecer mais podem achar materiais de referência, conteúdos específicos e comunidades de conlangers, ou “criadores de idiomas”. Abaixo, seguem alguns links úteis:

  • Como são criadas as línguas da ficção? | Nerdologia: vídeo.
  • Wiki sobre conlangs em português: link.
  • Aprenda élfico (ou, Sindarin): link.

Resposta

  1. Avatar de David Rios Calcagno

    Participei no passado de um grupo esotérico, pagão que unia ufologia a magia e a bruxaria, o grupo usava uma língua chamada latim-grego que unia ambos em um único idioma amigo. Também já fiz parte no passado de uma Ordem esotérica ligada ao druidismo que usava um vocabulário rúnico… Isso era bem comum em meios esotéricos ou pagãos….

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