Por que o dinheiro é tão execrado no mundo atual? Nesta postagem, exponho o que aprendi sobre a importância, para a evolução do ser humano, de aprender a lidar com o dinheiro. Uma das melhores formas que experimentei na lida com o dinheiro foi através do dízimo, mesmo não sendo eu adepto de denominações religiosas.
Vamos lá? Venha comigo! 😉
O que é dinheiro?
Primeiramente, para falarmos sobre o dinheiro precisamos conceituá-lo. Afinal, o que é dinheiro?
O termo dinheiro vem do termo latino denarius, que significa “algo que tem dez partes”. Como sabemos da Kabbalah, cada uma das Árvores – da Vida e da Morte – carrega dez esferas, que representam os dez estágios de descida da Luz e da Criação Divina. A lei das analogias nunca falha.
Assim, o dinheiro é um meio de troca que mimetiza a circulação completo de energias da Criação, funcionando como meio universal de troca. Portanto, havendo troca de energias entre todos os elementos criados – do átomo às galáxias -, saber lidar com o dinheiro é fundamental para a evolução de nossas almas. Não necessitamos ter moeda fiduciária (aquela com a qual compramos coisas materiais) para sermos ricos. Basta que distribuamos nossas energias de forma sábia.
Em suma: dinheiro é toda forma de troca de energia entre seres criados. Dinheiro é o sangue da Criação, em todas as formas de interação.
O problema humano não é o dinheiro, mas a relação com o dinheiro. Não sendo um bem, quando acumulamos dinheiro sem objetivos estamos “estocando vento”. Não há valor no dinheiro como algo criado por Deus, mas como um instrumento na transformação da sociedade. Só há riqueza e valor no trabalho e nas relações com as pessoas. O saldo em dinheiro, que resulta desses dois itens, é apenas uma representação da relação entre nossos hábitos e nosso trabalho.
Tempo é dinheiro
Como forma de troca de energia, sendo o Tempo um componente da equação da energia (E = mc²), o dinheiro é representação do Tempo que economizamos. Quando trabalhamos, buscamos melhorar nossa condição de vida, sendo úteis à sociedade e aumentando nossa perspectiva de tempo de vida.
Racionalizando gastos e reinvestindo o Tempo (dinheiro e conhecimento), diminuímos a quantidade necessária para garantir o provimento de nossas necessidades básicas para nos dedicarmos ao que realmente é importante na Vida. Mas, será que nos basta reinvestir nosso “tempo” em ativos do mundo humano?
O que é dízimo?
Se denarius é algo com dez partes, dízimo pode ser definido como a menor unidade do dinheiro. Atualmente, o dízimo é o chamado dever do crente de devolver ao Criador a décima parte do fruto de seu trabalho. Mas, acaso, Deus, o Provedor de Todas as Coisas, precisa de nosso dinheiro?
O dízimo nada tem a ver com “sustentar” Deus, mas sim, por gratidão, com redistribuir a décima parte (referente ao mundo material) de nossos proventos entre nossos semelhantes sem recursos. Mais: como dinheiro não refere-se apenas à moeda dos governos, seu conceito estende-se à retribuição ao Criador por qualquer energia que recebemos (mental, vital e temporal).
Os seres criados são como copos vazios, prontos a receber água da Vida. Deus é aquele que doa Vida. Quando nossos copos estão cheios, seria sábio esvaziarmos um pouco de nossos copos em favor de copos mais vazios. Assim, sempre teremos água viva, vinda de Deus, fluindo para nossos copos.
E é assim que agimos conforme a Natureza criada por Deus, transformando nosso dinheiro e vida em sangue do Mundo, dedicados à memória do Criador. Invista suas energias (esforços, tempo e dinheiro) em atividades produtivas, em estudos, em beneficência. Mas, jamais se esqueça de separar, em gratidão, o dízimo para a glorificação d’ Aquele que vive e reina.
Ebrael [303]
N. N. C.
Ebrael 