Apesar de eu já ter me pronunciado, definitiva e exaustivamente, sobre o aborto, penso ser útil reavivar a memória dos leitores, bem como dos visitantes que aqui chegam em busca de informações, acerca da grave crise de valores pela qual passa a humanidade atualmente. Hoje, vou falar sobre a organização criminosa, especializada em retalhar bebês, conhecida como Planned Parenthood.
Cadê as campanhas da Globo contra esses escândalos? Cadê a Rede Record para detalhar a pedofilia do Profeta Maomé, que estuprou sua “esposa” de nove anos de idade? Onde está a Maria do Rosário, que não aparece para defender as muçulmanas?
Eu sou muito resistente a certos sensacionalismos, principalmente aqueles que se baseiam em profecias, depois de já ter me iludido por muito tempo com eles. No entanto, hoje em dia, os governos e políticos a nível mundial só têm vindo a querer confirmar o que muitos religiosos pregam acerca do Apocalipse.
Um dos temas apocalípticos mais polêmicos é o que se refere ao aparecimento do Anticristo e da “marca da Besta”. Segundo o livro do Apocalipse, o Anticristo reuniria todas as nações da Terra para destruir Israel (no sentido próprio, não simplesmente o Estado de Israel) e os que confessam o nome de Jesus Cristo. A tal “marca da Besta” seria um sinal posto à testa e na mão direita de todos aqueles que não seguissem a Lei de Deus e renegassem o nome de Cristo, para sua escravização e condenação de suas almas, sem a qual não seria possível a ninguém comprar ou vender coisa alguma.
Enquanto há pessoas que se dizem cristãs, mas que vivem num mundo de conto de fadas, postando figurinhas no Facebook e buscando negociar com os contra-valores da mídia, há outras, verdadeiramente impregnadas do Espírito evangélico, que dedicam seu tempo a denunciar as atrocidades que a mídia e os governos anticristãos teimam em ignorar. É o exemplo dessas pessoas que me decidi a tentar seguir.
Acaso, pode haver verdadeiro ardor evangélico em “cristãos” mornos que não levantam suas bundas do sofá para correr em favor de necessitados? Não bastasse isso, continuam a tentar negociar com os propagadores de imoralidades na TV e votando em políticos anticristãos, que apoiam regimes genocidas e dão suporte a ações de perseguição ideológica contra a Igreja e seus valores morais.
O artigo reproduzido abaixo [1], extraído da revista Época (02/06/2012, seção “Religião”), trata de uma chaga mundial que poucos consideram: a Cristofobia, perseguição física e ideológica contra minorias cristãs pelo mundo inteiro, enquanto apresenta-se como cerceamento da liberdade de Consciência e religiosa no Ocidente. No Oriente Médio, em especial, pouco denunciada, a opressão violenta contra as minorias cristãs nos países muçulmanos é um problema cada vez mais grave.
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Por Ayaan Hirsi Ali, somaliana, 43 anos. [2]
Ouvimos falar com frequência de muçulmanos como vítimas de abuso no Ocidente e dos manifestantes da Primavera Árabe que lutam contra a tirania. Outra guerra completamente diferente está em curso – uma batalha ignorada, que tem custado milhares de vidas. Cristãos estão sendo mortos no mundo islâmico por causa de sua religião. É um genocídio crescente que deveria provocar um alarme em todo o mundo.
O retrato dos muçulmanos como vítimas ou heróis é, na melhor das hipóteses, parcialmente verdadeiro. Nos últimos anos, a opressão violenta das minorias cristãs tornou-se a norma em países de maioria islâmica, da África Ocidental ao Oriente Médio e do sul da Ásia à Oceania. Em alguns países, o próprio governo e seus agentes queimam igrejas e prendem fiéis. Em outros, grupos rebeldes e justiceiros resolvem o problema com as próprias mãos, assassinando cristãos e expulsando-os de regiões em que suas raízes remontam a séculos.
SANGUE DERRAMADO: Cristãos coptas, do Egito, carregam uma imagem de Jesus Cristo manchada de sangue, em ato contra a violência de extremistas islâmicos (Foto: Asmaa Waguih/Reuters)
A reticência da mídia em relação ao assunto tem várias origens. Uma pode ser o medo de provocar mais violência. Outra é, provavelmente, a influência de grupos de lobby, como a Organização da Cooperação Islâmica – uma espécie de Nações Unidas do islamismo, com sede na Arábia Saudita – e o Conselho para Relações Americano-Islâmicas. Na última década, essas e outras entidades similares foram consideravelmente bem-sucedidas em persuadir importantes figuras públicas e jornalistas do Ocidente a achar que todo e qualquer exemplo entendido como discriminação anti-islâmica é expressão de um transtorno chamado “islamofobia” – um termo cujo objetivo é extrair a mesma reprovação moral da xenofobia ou da homofobia.