Nesses tempos em que as manifestações populares deixaram de surgir em favor de uma causa e se tornaram fenômenos meramente midiáticos, ou mesmo da moda, seria útil nos perguntarmos até que ponto tais eventos são realmente espontâneos. Pois, um povo que diz exigir o cumprimento da lei não pode, ao mesmo tempo, se arrogar o direito imediato de infringir a própria lei.
Serão, então, essas manifestações um teste de para nossa percepção a fim de percebermos quão irracionais e incoerentes podem ser tais manifestantes? Hoje, estar do lado dos “oprimidos” é conveniente para aqueles que precisam de salvo-conduto para sair vandalizando tudo. Me perguntarão se, acaso, defendo os bancos e a integridade de suas agências bancárias? Não, o que eu defendo é a ordem pública e a não proliferação de maus exemplos aos jovens. Pois, se esses “manifestantes” vandalizam por “justiça”, o que não fariam se tivessem carta branca de verdade?