De Beatitudine


— Sobre a Felicidade.

À pergunta sobre como ser feliz, todo mundo tem sua receita a apresentar. Quando são bem-sucedidas em seus projetos, pessoas ufanam-se por terem, supostamente, encontrado seu elixir mágico, seu pó milagroso ou seu estilo de vida perfeito.

Será, mesmo, que tais pessoas são felizes? Abaixo, exponho minha visão sobre o que é a tal felicidade.

Felicidade como realidade duradoura


Felicidade não é algo constante, durável, perene. A ilusão de uma felicidade sem fim, ininterrupta, de um mar de rosas, é cruel, por vezes. A doçura de tal ilusão é atroz e cortante, traumática mesmo. Assim, podemos dizer que, quando nos lembramos dos “momentos felizes”, queremos dizer que nos apegamos aos “bons” traumas, como tatuagens em carne viva. A primeira e grande amizade, os festejos de Natal ao redor de uma mesa ou de um presépio, o primeiro beijo no qual nos reconciliamos ao grupo dos adultos que invejávamos, a bronca do professor que te fez aprender definitivamente a deixar de ser malandro na escola. Enfim, os traumas nos fazem humanos. Quando sentimos dor, então sabemos que estamos vivos (ainda).

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