Para o homem mediano, Deus não existe. Não obstante, ele não se cansa de dizer isso, de negar a existência d’Aquele que, segundo ele, não existe. O ser humano comum, concentrado na lama que lhe sufoca, à qual ele condena-se a viver com pés e mãos amarrados, recusa-se a mirar o que está acima de seu estreito horizonte.
Ele anseia libertar-se da influência do que ele chama de ilusão, de miragem auto-indulgente. Em suma: renega erguer a cabeça e acha melhor continuar a cavar no pântano, sempre mais abaixo, em busca de seu tesouro. E o achará, certamente.
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Medo e covardia
Intuo que as raízes de toda a tragédia humana, sem situarmos, precisamente, a origem (espiritual ou biológica) de nossa espécie, jazem fundas na masmorra daquilo que chamamos medo . E o medo é alimentado pela ignorância.
Dissimule-se!
Sobre a Hipocrisia e o verbo Revelar
Esses dois termos me vieram à mente ontem à noite, antes de dormir. Decidi refletir sobre eles. Com relação ao primeiro termo, não encontrei nada na internet que fosse à sua raiz morfológica para lhe dar o significado. Sobre o segundo, há alguns que se debruçaram a respeito. No entanto, resolvi expor abaixo minhas próprias reflexões acerca deles.
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Por Ebrael Shaddai.
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Hipocrisia
Essa é uma palavra originária do grego, composta pela junção de ‘ypo e krisis. ‘Ypo significa “sob, que está embaixo”, enquanto krisis denota “crise, momento de contradição”. É da krisis, por exemplo, que pode advir a metanoia (mudança, conversão). De krisis, nasce o termo crítica, que supõe uma advertência que nos exorta à reflexão e à mudança.