Prontas, após alguns meses de adiamentos, compromissos, problemas de saúde, trabalho duro e faculdade a tirar-me o sono, as Noctívagas, estórias e reflexões que vagaram por minhas noites durantes os últimos anos. Se me acompanharão sempre? Não sei dizer. Porém, com certeza, cópias dessas ideias vagarão por aí, a pequeno preço ou gratuitamente, sem vergonha.
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Nota: Banimento perpétuo do Facebook
Após ter excluído meu perfil pessoal antigo no Facebook, há mais de um mês, por motivos particulares, tentei retornar a esta rede social. Por três vezes, tentei fazer um novo perfil pessoal. Segui, sem pestanejar, as famosas “Regras da Comunidade”. Mesmo assim, após ter sido extorquido e forçado a enviar fotos exclusivas de rosto e de meu documento de identidade (R. G.), tive tais contas, uma após a outra, desativadas sem receber qualquer explicação, nem por e-mail, nem por telefone.
A abelha, a coruja e a vara
O menino era ladeado, à média distância, por seus dois preceptores, Merum e Nagad. Os três permaneciam na praça deserta da pequena cidade há mais de um mês. Graves testes deveriam assaltar o garoto em preparação para voltar ao seu país nas montanhas do Leste do Rio, onde esperavam-no para assumir o trono no lugar de seu regente atual. Assumiria ou não?
No âmbito das provas morais e espirituais, bem como da práxis mística que deveria exercitar, seus dois preceptores assentaram-se, lado a lado, diante do menino vestido com uma túnica azul e coberto com malha fina de ferro. Calçava sandálias de couro cru. Merum, então, propôs ao garoto um súbito enigma, apontando para a palmeira solitária no meio da praça:
Tempo propício
O Rei dispensa a Coroa, mas a Coroa não existe sem um Rei. Só existe um Rei para cada Coroa e um momento certo para que seja apoderada por seu legítimo dono. Esse momento certo é, sempre, a quinta-feira. Ninguém chega a realizar nada de grande na vida se já não estiver pronto para isso ao anoitecer de quinta-feira.
(Júlio César Coelho, a.k.a “Ebrael”).
Florianópolis, 19 de maio de 2014.