Sobre a Hipocrisia e o verbo Revelar


Esses dois termos me vieram à mente ontem à noite, antes de dormir. Decidi refletir sobre eles. Com relação ao primeiro termo, não encontrei nada na internet que fosse à sua raiz morfológica para lhe dar o significado. Sobre o segundo, há alguns que se debruçaram a respeito. No entanto, resolvi expor abaixo minhas próprias reflexões acerca deles.

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Por Ebrael Shaddai.

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Hipocrisia

Essa é uma palavra originária do grego, composta pela junção de ‘ypokrisis‘Ypo significa “sob, que está embaixo”, enquanto krisis denota “crise, momento de contradição”. É da krisis, por exemplo, que pode advir a metanoia (mudança, conversão). De krisis, nasce o termo crítica, que supõe uma advertência que nos exorta à reflexão e à mudança.

O Homem que enganou a Morte – Jesus não morreu na Cruz!


Para introduzir o que vou falar aqui, que por si só já trata de um assunto difícil e extenso, vou recorrer novamente à analogia. Afinal, não sou cientista para tratar com experimentos, nem sou capacitado para isso (ainda), mas apenas um pensador livre.

Se fôssemos apenas bactérias do intestino de Deus (a Suprema Inteligência), seres primitivos, porém criados para contribuir para a economia do Corpo do Universo, poderíamos nos considerar de grande importância, certo? Certo dia, Deus infundiu uma de suas bactérias de uma importante missão: fazer saber às bactérias que suas vidas não são mais nem menos do que UMA com a GRANDE VIDA. Uma bactéria continha em seu núcleo celular, e em seu DNA, a mesma essência em grau diminuto, ainda que perfeitamente idêntica, do Cérebro (Inteligência) do Grande Corpo. Pois, em tudo, há hierarquia e ordem. Como coadunariam, em um mesmo meio (Universo), forças de origem diferente, sem que batalhassem pela supremacia?? Teríamos uma dualidade irreconciliável, um Rei nativo, reinando sobre escravos eternamente insatisfeitos por não se identificarem com seu Soberano.

O egoísmo nos tolhe isso: a consciência de nossa verdadeira origem. A relação Criador/Criatura é levada a um extremo irracional, onde somos escravos de um Deus que não se parece, em nossas mentes, conosco mesmos. Em nossas relações, nos importa satisfazer apenas nossas necessidades, pois a religião não nos infunde a noção de Liberdade que, ao saber sermos Filhos de Deus, deveríamos possuir. E sermos livres, desde sempre, importa contermos o Universo e nele estarmos, mesmo que dentro de nós mesmos, no que Paulo dizia ser o Templo do Espírito. Num Templo, toda a Assembléia pode ser vislumbrada, assim como os símbolos sagrados de tudo que foi criado, virtualmente, fora dele.

Em nós mesmos, somos Deus, ainda que por meio não de nosso Eu Consciente, mas de nosso Verdadeiro EU… mas que Eu é esse? Esse Eu é aquele que não vê diferença entre uma pedra e um pássaro, entre ele e o outro ser humano, que é incapaz de destruir algo, ainda que possa transformar a forma física de uma coisa, ou ser, por um Bem Maior. Esse bem maior nunca é um apetite; na pior das hipóteses, uma contingência.

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As religiões ocidentais, principalmente as de origem greco-romana e a cristã, sentiam uma necessidade paradoxal de transformar a natureza humana em divina, e vice-versa, deixando Deus com uma aparência antropomórfica distorcida.

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