O destino final de um besouro rola-bosta


Vou contar-lhes uma estória que me surgiu à mente, hoje, tendo como inspiração o Molusco que agora se arrasta pelos gramados altos de Brasília. Curiosamente, o personagem desta fábula não é aquele animal com nove tentáculos malemolentes, mas um besouro rola-bosta, aquele que deposita sua prole no meio do cocô fresco.

Brasil: Antecedentes e Prognósticos


Desde o início, aviso: quem gosta de ler apenas amenidades, é melhor que feche essa página. Aqui, não suavizo ou mitigo qualquer crítica, bem como não economizo em elogios quando estes são merecidos. Portanto, se você pretende gastar alguns minutos aqui, por favor, sem chororô!

Dilma, a Casa caiu!


Sem muito palavrório, quero deixar registrado o orgulho que senti ao ver, a despeito de quaisquer consequências, o teor genuíno e a pujança das manifestações deste dia 15 de março, em rejeição à presidente Dilma e à sua panaceia socialista de merda.

Sem pão com mortadela, com Consciência e sem preços, sob sol e/ou chuva. De carro, a pé ou via metrô. Na praia ou na cidade. Foram milhões em um só dia, a uma só voz, a exigir a renúncia de Dilma Rousseff e a extinção do PT e de outras quadrilhas similares.

O fim de toda sanidade


I – PERPLEXIDADE

Este redemoinho é o funil,
Nesse pesadelo politico,
Desse território mítico
Do mórbido e trôpego Brasil.

Jamais se vira filme tão vil
Nem povo, assim, paralítico,
Diante do frenesi, do cio
Dos malucos, o mais crítico.

Molusco é nomeado Napoleão,
O advogado julga seu cliente,
O leão é leoa, a cobra é bichano.

Na inversão que o corpo sente
Da visão, tão clarividente,
Cede a sanidade ao mais insano.

II – MUTAÇÃO

É tão pungente essa dor
De ver cair tal edifício
Da vã memória nesse hospício!
Dá-me passagem, por favor!

Dá-me passagem ao resquício
Da sanidade, já incolor.
Da mutação do meu furor
Surge da mente um tal vício.

Também da mente, um artifício
Sai, desabalado, como amor
Louco ao roubo e ao comício.

Minha carne sofre do cilício
Cruel e humano, de humano vício,
De pedir: “Me engane, por favor”.

III – SUB TILE

Sob a telha chove bem mais
Que aos ventos e temporais,
Que à loucura da sua afronta
Ao horizonte, que nos apronta.

Tenhamo-nos à certa conta
De cordeiros limpos, pascais.
Saibamo-nos contra os animais
No campo em que o Mal desponta.

Presa fácil, sempre pronta!
Faunos, acéfalos, à ponta
Para as belas ninfas ideais.

O humano teatro faz de conta
Que o normal é normal demais.
E o bisonho? Bem, tanto faz.

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