Quando queremos algo, verdadeiramente, queremos com fogo nos olhos!
A pessoa que quer algo, que é alguém de querer-querer, faz cara de mal para afugentar os maus espíritos, cara de quem exige respeito e ameaça o Destino que tenta nos impedir de prosseguir. Quem quer algo, arromba a porta, depois é que pergunta de quem é a casa. Não pede licença, senta e pede almoço. Levanta e prepara o jantar. Espanta os ratos e baratas com seus passos e faz recuar o Cão raivoso com seu grito viril.
Os olhos daquele que deseja algo são como brasas vivas. Suas lágrimas não apagam as chamas, mas atiçam-nas ainda mais. Suas veias pulsam no ritmo estranho que a Vida nos impõe ao nos perpassar os nervos, senão fortes, mas ainda conectados ao Destino. Sim, o Destino é uma estrada ameaçadora, própria daqueles que têm vontade de correr. Andar é para quem tem tempo. Nós, os desejosos, não temos tempo a perder, sendo gigantes valentes ou pequenas borboletas.
Algumas pessoas confundem ser amigo do Destino com ser-lhe escravo. Não devemos ser, sob qualquer circunstância, escravos indolentes das contingências. Fazemos ajustes, nos acomodamos às contingências, e seguimos. Mas, lembremos: somos nós que estamos no leme. Deus é nosso Farol, não o Timoneiro. Ele nos orienta, mas não faz nosso trabalho. Não sejamos escravos nem permaneçamos à deriva para sempre. Sejamos nós os amigos de Deus, não seus soldadinhos de chumbo.
Mars et La Petite.
(Os créditos vão para La Petite Muse Flamboyante, que me visita sempre quando estou em situações críticas.)
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