Em resposta às palavras de incentivo de uma Amiga Verdadeira, em mensagem no Facebook, resolvi escrever esse poema, declamando os motivos de minha preferência pelos Sonetos, através de um poema que não é um soneto, por sinal.

Prefiro os Sonetos
Sempre preferi os sonetos
Por motivos cabalísticos:
Duas quadras para o físico
e dois tercetos para o espírito.
As quadras trazem a atração e as boas-vindas
Ao nosso olhar, e os tercetos…
Bem, os tercetos se dirigem ao Coração,
Alvo e fim último das estrofes sentimentais,
No desfecho de uma conquista meticulosa.
Os poemetos me são caros,
Pela simplicidade.
Mas, são os sonetos que me levam ao êxtase,
Pois que coadunam a carne e a alma,
Conjugam verbo e cavidades,
Unem os ângulos retos e os fazem retorcer-se
Em triângulos poéticos.
O soneto é o filho perfeito do casamento
Entre a rigidez métrica e o espírito da surpresa.
Quanto mais não me surpreendo,
Sonetos lendo,
Assim que me abro
À Pedra Angular do Quatro,
E me transcendo
Ao gran finale, por um comentário,
Uma lembrança muda,
Que ao concluir,
Ao Amor aluda.
Prefiro os sonetos, sim,
Imiscuo-me à Quadra e ao Terno;
Mas, dê-me pena e papel,
E lhe faço dos números todos
Uma Antologia completa.
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