Eu sei o que é ter sonhos. Os meus, eu os guardo e carrego como filhos em mim, sabe? Cada um sabe que notas tocam as fibras de sua própria Alma. Abaixo, cito, como indicações de boa música, três grupos de músicos – que, em inglês, chamamos ensembles – que focam no resgate de tradições de seus respectivos povos.
Basicamente, foram esses três grupos que aguçaram, ainda mais, meu interesse nos idiomas hebraico e sueco, fortes e bastante marcantes, com uma pegada sonora bastante peculiar.
O primeiro de todos, em ordem cronológica, é Garmarna, de origem sueca, cuja vocalista, Emma Härdelin, figura, atualmente, no projeto Triakel. Foca em temas folclóricos medievais do povo sueco, misturando folk, rock e música eletrônica. Destaque para o violino e o órgão antigo dos arranjos.
O segundo e o terceiro grupos surgiram em minha playlist diária praticamente juntos, Yamma Ensemble e Light in Babylon, ambos por conta das letras hebraicas não necessariamente religiosas, embora muito passionais. Arranjos com percussão e cordas orientais são primorosos nas composições maravilhosas destes dois grupos.
Esses três grupos estão longe das paradas de sucesso bilionárias, mas expressam, em minha visão, o que de mais radical há na música, a saber, as capacidades de: a) elevar o ser humano, através da emoção, aos reinos superiores da inspiração, e; b) fazer-nos enxergar que somos todos, enquanto animais habitantes deste planeta, essencialmente da mesma origem.
Rat-nel-wa Ë.
(Somos todos Um.)
Ebrael 
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